terça-feira, 25 de maio de 2010

ENTRE O CÉU E O CHÃO
Tem dias que ando na rua olhando para o céu.Tem dias que olhando para o chão.Nesses,vi uma pomba no chão, caída do céu.Sem vida.Olhos parados no vazio do nada.Pensei em pessoas que admiro e cada uma delas me vinha assim com o olhar sem vida, encaixadas em meio às flores.Por fim, já no portão de casa, me vi fria, sem vida, mãos sobrepostas, vestida de flores e coberta por fino tecido branco.Renda. Me rendi e vi velas acima da cabeça como altar de antigos vilarejos.Como se fossem janelas.Sentindo o perfume do nada e o silêncio das flores, adormeci pensando em vasos.

- sobre memóriadefuturo e janelasabertas.


P.S. olho-os nus nada da vida,olhando no nada cheia de vida niilista, olhando nu o possível olho vazio.E numa canção a lembrança de um certo querubim. Errado assim?

Nenhum comentário: