uma sede
uma janela
a tosse
muita poeira
pouca música
algo que atormenta
um rádio sem sintonia
um livro sobre a loucura
um poeta contemporâneo
uma faca sem corte
a desistência de fazer o interurbano
um profundo sono
um eterno acordar
numa luz
numa cruz
nessa janela
na armadilha
na saia justa
no calo do dedinho
no cartão sem crédito
no vai e vem das coisas
no Sol que insiste em brilhar
no raio que o parta
naquela vizinha antiga
na saudade da amiga
no suor de dentro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário